segunda-feira, 3 de junho de 2013

Liberdade consciente e a censura da comédia brasileira.


"Tudo quanto aumenta a liberdade, aumenta a responsabilidade."
(Vitor Hugo)

  A anarquia expressionista depende desse pensamento para se sustentar pacificamente. Numa sociedade onde todos podem se expressar abertamente, é necessário cuidado e atenção de cada um com o que se fala, afinal, sua liberdade pode impedir o outro de libertar-se. Não adianta usar da liberdade de expressão para censurar alguém que defende a pena de morte, o casamento entre homossexuais ou a bigamia. Todos devem ter o direito a voz, é preciso saber defender a própria opinião e tal habilidade precisa ser consciente.
   Nesse ponto também se fala de uma recente polêmica, a comédia. Tal atributo tem sido usado durante séculos para criticar os imperadores sociais sem que haja repressão. E um artifício tão útil vem sendo censurado na "cara dura": Não é possível realizar uma piada sem ofender à alguma parte, logo sendo repreendido.
     Contraditório não? Como é possível uma comédia sem ofensa? A verdade é simples, a comédia é uma forte arma da liberdade de expressão, que ao mesmo tempo que acusa os opressores, deve ser mantida livre, como forma máxima da expressão popular e reflexo da consciência humana, ou seja, mesmo que uma piada seja preconceituosa ou pejorativa ela reflete os pensamentos da população e como podemos saber se nossa sociedade é preconceituosa se proibirmos os meios pelo qual podíamos analisa-la?
Mesmo assim, ainda é irresponsabilidade por parte dos comediantes usar de piadas pejorativas que não indica nenhum padrão social, desejos da comunidade ou reflexos do sofrimento popular já que apenas levantará polêmica.

Obs.: Um comediante que utiliza de piadas pejorativas atualmente pode estar criticando a ação da falta de liberdade de expressão, como muito se faz em páginas de humor negro no Facebook

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