O trecho demonstra como os escravos chegavam ao Brasil depois da longa viagem pelo atlântico nos deploráveis navios negreiros (com doenças, exaustos, com fome) e a exploração que sofriam posteriormente pelos "senhores" de escravos e dos engenhos de açúcar:
"Desembarcados, exaustos, sangrando pelo “mal de Luanda”, o escorbuto infalível, ulcerados, arquejando ao peso da “barriga-d`água”, os escravos quase sempre, iam recuperar as forças e recobrar a saúde acampados debaixo dos cajuais multimilionários de ácido ascórbico“ Costume velho. Já os negreiros e os senhores de engenho praticavam o internamento dos negros debilitados pela longa travessia oceânica ou dos atacados de ascites, cobertos de feridas, esgotados pela árdua tarefa dos eitos, nos cajuais praieiros, de onde dois ou três meses depois regressavam curados." (CASCUDO. História da alimentação no Brasil, p. 223.).
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